Nymphaea nouchali, normalmente conhecida pela sua sinonímia Nymphaea stellata, ou pelo nome comum de lótus-azul,[1] lótus-estrela, lírio-vermelho-e-azul ou lírio-estrela-azul é um lírio aquático do gênero Nymphaea. É nativa do sul e leste da Ásia, e é a flor nacional do Sri Lanka e Bangladesh. Esta espécie é por vezes considerada como incluindo o lótus egípcio Nymphaea caerulea.[2] No passado, ocorreu confusão taxonômica, com o nome Nymphaea nouchali incorretamente aplicado a Nymphaea pubescens .[3]
Lótus-azul | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Nymphaea nouchali |
N. nouchali é usada como planta ornamental por causa de suas flores espetaculares, e é mais comumente usada para os festivais tradicionais e culturais no Sri Lanka. Também é popular como uma planta de aquário sob o nome de "lírio-anão" ou "lírio-vermelho-anão".
É considerada uma planta medicinal na medicina ayurvédica indiana sob o nome "ambal"; foi usado principalmente para tratar a indigestão.[8]
Como todos os lírios aquáticos, nenúfares ou lótus, seus tubérculos e rizomas podem ser usados como alimentos; eles são comidos geralmente cozidos ou assados. No caso da N. nouchali, suas folhas tenras e pedúnculos de flores também são valorizados como alimento.[9] Pode ser ultilizada também em metodo de fumar e pitar, é afrodiziaca, tem pscoativos e enteógenos eficazes para relaxamento e prazeroso em termos afrodiziacos, relaxamento. A planta seca é coletada de tanques e pântanos durante a estação seca e usada na Índia como forragem animal.[10]
Os efeitos da flor de lótus azul são narcóticos e eufóricos, com efeitos ligeiramente psicodélicos com doses mais altas. Os efeitos de aumento da libido. Estimulação do desejo sexual e melhora da sexualidade também tem sido reportados.
Muitos a utilizam para aprimorar a meditação e há vários relatos de que a flor lótus azul induz sonhos lúcidos. Seus efeitos ocorrem devido à presença de aporfina e nuciferina. Os alcaloides presentes na lótus azul agem sobre os receptores opióides do cérebro.
Sua simbologia é uma de suas virtudes mais apreciadas: é associada à pureza espiritual e ao renascimento. Uma das flores mais belas, nasce em meio à lama, inspirando um caminho de purificação e de transcendência em relação a tudo que é considerado impuro no mundo.
No budismo, Buda é simbolizado em estátuas sobre uma flor de lótus, remetendo justamente a essa ideia da transcendência do mundo comum (representado pela lama, pelo lodo), ou seja, a iluminação perante a confusão mental (dualidade da mente).
"Flor de lótus" também é o nome de uma postura de meditação onde o praticante se senta com as pernas cruzadas e as plantas dos pés voltadas para cima.
Foi também a flor nacional do ex-estado de Hyderabad. N. nouchali é a flor nacional do Bangladesh.[4] Uma N. nouchali de flor azul pálida é a flor nacional do Sri Lanka, onde é conhecida como "nil mānel" ou "nil mahanel" (නිල් මානෙල්).[5]
No Sri Lanka, esta planta geralmente cresce em lagoas de búfalos e zonas úmidas naturais. Sua bela flor aquática foi mencionada em obras literárias em sânscrito, páli e cingalês desde os tempos antigos sob os nomes "kuvalaya", "indhīwara", "niluppala", "nilothpala" e "nilupul" como um símbolo de virtude, disciplina e pureza. A tradição budista no Sri Lanka afirma que esta flor foi um dos 108 sinais auspiciosos encontrados na pegada do príncipe Siddhartha.[6] Dizem que quando Buda morreu, as flores de lótus floresceram em todos os lugares que ele andou durante a sua vida.
A estilista Claire W. Keller incluiu a planta para representar o Sri Lanka no véu de casamento de Meghan Markle, que incluía a flora característica de cada país da Commonwealth.[7]
N. nouchali pode ter sido uma das plantas comidas pelos Lotophagi da Odisséia de Homero.
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